Friday, February 27, 2004

Schiu: que a respeitável freira quer rezar...

O concerto de Blue Trolha-Man Group continua cá pelo meu bunker e eu continuo a desesperar.
Entretanto, como génio criminoso que sou (ah-ahm... modéstia nunca foi o meu forte), já comecei a engendrar planos para, nem que seja por breves minutos, o ruído infernal parar, com o objectivo de dar descanso aos meus oregos.

Existem as formas mais simples, como deixar um pequeno bilhete debaixo da porta dizendo:
- (para que eles fiquem parados 3 minutos): "há bolinhos à vossa espera, queridos trolhas: venham comê-los: moro no 5º andar" (nota: eles 'tão a trabalhar no segundo); não encontram bolinhos (no quinto andar mora apenas uma velhinha que não consegue ouvir a campainha... pensa sempre ser o gato com fome, a miar por comida) e voltam para as obras furiosos;
- (para que fiquem parados +7 minutos): "estou à vossa espera no 6º andar: sou uma mulher fogosa, descomplexada e estou totalmente nua"; não encontram uma mulher fogosa, descomplexada e totalmente nua, mas encontram a Dona Isaltina.
- (para que eles fiquem parados o resto do dia): "estou á vossa espera no 10º andar: sou uma mulher fogosa, descomplexada e estou totalmente nua; há bolinhos também à vossa espera!". Ficam o resto do dia fora porque o prédio só tem 9 andares: desesperados e esperançados com a possibilidade de comerem bolinhos na companhia de uma simpática mulher fogosa, começam a ponderar "será que é neste prédio?.. e será que é o 10º andar mas a contar com o rés-do-chão, por isso é na verdade o 9º?.. Aquele "9" do nono andar parecia-me mais um "6": não seria o sexto andar (e lá vão eles ter de novo com a Dona Isaltina)? E nisto, ficam o resto do dia em acérrimas discussões...

Mas finalmente, decidi usar some big guns >:)
- telefonar para a PSP no auge do barulho das obras.
Se pensam que é para dizer aos caros agentes da autoridade que "estão a fazer muito barulho no 2º andar: exijo que venham cá acabar com esta barulheira!", esqueçam. Os digníssimos membros da Policia de Segurança Pública, não se deslocam a residências por coisas "menores" (embora, digam que "uma unidade já está a caminho).
Não.
O que se tem de fazer é aproveitar o barulho da martelada e perfuração e, com uma voz efeminada e histérica, gritar "socorroooo!! o meu marido está possesso!!! ele vai-me matar!!! aiiii- AIIIII! (ao ritmo das martelada) AAiiiaaiiiii!!, encontrou o meu amante ... Aiii .... no armário e ainda por cima, vestido com o nosso tema fetiche: trolha! Acudam-me!!!". Segundo telefonema do dia, quando a PSP estiver prestes a chegar: telefonar à dona Isaltina, dizendo que "os simpáticos homens das obras lhe querem oferecer uns quantos "bolinhos" e estão à sua espera": a Dona Isaltina vai ser "a mulher agredida, com um vestido fetishista de freira".
Entretanto, chega o batalhão da PSP que, vendo uma mulher vestida de freira, dois homens todos sujos (sinais de agressão) e destruição a rodos, não querem saber de explicações: bai tudo prá esquadra e acabou! (dona Isaltina incluida)

Ahhh... :') Paz de espírito: e tudo o que me custou foram duas singelas chamadas, três folhas de papel reciclável e uma mulher-pinguim...

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